Já no hospital, o papai e a mamãe estavam ficando mais nervosos. Mas fizeram de tudo para não me deixar preocupada. Me deixaram no colo da vovó :-) Esses pais! Ainda bem que a Tia Jana também chegou. Outra nota 10, essa Tia Jana. Ela ficou lá o tempo inteiro e ajudou bastante, com um astral super tranqüilo. A primeira a aparecer foi a anestesista, que ouviu o meu coração. Depois veio o moço do banco de sangue e a primeira trapalhada do hospital.

O moço do banco de sangue entrou para colher o meu sangue, para fazer a prova cruzada com o sangue dos doadores. Só que ele achou que Heloísa fosse a mamãe, é mole? Quando ele viu que teria que tirar sangue de um bebê de apenas 2 meses, ficou meio assustado e foi chamar um enfermeiro para ajudar. Meu pai ficou meio preocupado, mas alguma coisa lhe dizia que tudo correria bem. E correu mesmo. O moço fez o serviço com mais facilidade que o cara do laboratório. Foi rapidinho e não doeu nada.

Depois que a mamãe me deixou no centro cirúrgico, por volta das 8 e meia, começou a expectativa no quarto, onde já estavam o Vovô Orlando, o Vovô Marcio, a Tia Pitucha e o Tio Gaher, que também estavam torcendo por mim. Eles ficaram lá, olhando para o telefone, doidos para receber notícias. Será que eles não sabiam que eu estava nas mãos dos melhores cirurgiões infantis de Brasília? Pra mim, do mundo. O Tio Cleber e os amigos dele foram nota 10. Cuidaram de mim direitinho.

 


Mas lá no quarto, quanto mais o tempo passava, eles iam pensando nas hipóteses. "Passou de meia hora. Será que era mesmo o intestino?". Todos torciam para ser no ovário, que teria uma recuperação mais rápida. Passou de uma hora. Chegou a duas horas. Será que eles não pensaram que eu tive que ser anestesiada e receber o sangue do meu pai, antes da cirurgia? Isso tudo leva tempo, ué!

O que deixou todo mundo um pouco mais calmo e confiante foi que eles rezaram o tempo todo pros anjos da guarda de todo mundo darem uma força pro meu! E olha que funcionou direitinho!

Ufa! Está quase terminando...