Quinta-feira, Maio 27, 2004
Anos 60 em Brasília
Outro dia fizemos uma sessão de slides no estúdio da Debi. Isso mesmo, slides, como nos bons tempos da minha infância. É que ela ganhou a caixa de slides do meu pai, com fotos desde que ele veio para Brasília, em 1961, e está restaurando tudo. Foi fantástico, uma grande viagem, que rendeu muita risada.
Esse aí em baixo (o da direita) é o meu pai em 1961 no acampamento do Banco do Brasil. Uma figura. Aliás, só as fotos da turma daquela época já valeriam uma sessão exclusiva deste site.
Depois de 1 ano da inauguração, quase nada estava construído. Como meus pais mesmo diziam, "isso aqui era um faroeste". Mas eles se divertiam muito. Aí em baixo, "cagando no congresso", segundo ele, era o meu pai novamente e à direita, um jogo de vôlei com um time local chamado álcooltron (ou algo parecido) :-)
Agora falando de Brasília, a gente vê porquê até hoje a cidade ficou com fama de ser vermelha e cinza e deserta. Aí em baixo uma vista da W3 Sul, na época realmente um visual de faroeste. Tudo vermelho, sem árvores, as fachadas ainda sem os luminosos e, interessante, reparem na placa de "no parking", à direita, um 'P' cortado. Fica até difícil reconhecer o local. Depois essa avenida teve o seu tempo de glória e agora anda em decadência, com a invasão dos shoping centers. Quem sabe um dos projetos de revitalização não sai do papel...
Aí em baixo mais duas imagens completamente áridas da cidade. À esquerda uma das entre-quadras - ou comerciais - da Asa Sul. Disseram que era a Rua da Igrejinha, mas eu ainda preciso confirmar. A vista é impressionante. Um conjunto de blocos no meio do nada. A cidade era tão vazia que a vista ia até o Lago Paranoá, coisa que hoje não é possível. À direita, o esqueleto da nossa Catedral, outra visão muito interessante, tanto pela obra em si, quanto pelos arredores vazios.
Interessantes também de ver nessas fotos são os postes de iluminação característicos de Brasília naquela época, com as lâmpadas compridas. Eram uma das marcas registradas que eu tinha de Brasília quando criança. Tanto pelo formato da lâmpada, quanto pelo fato de não saírem fios do poste a céu aberto. Hoje essas lâmpadas já foram todas trocadas pelas redondas, ou pelas "quadradonas" no Eixo Rodoviário. Uma pena, pois tinham tudo a ver com o estilo da cidade.
Aí ao lado, uma corrida de kart em pleno pátio da rodoviária. Um dos pilotos era o Emerson Fitipaldi, na época ainda desconhecido. Reparem lá no fundo, o Teatro Nacional, ainda sem os painéis brancos do Athos Bulcão em sua lateral. Nossa, essa estação rodoviária já foi um local para passeio. No pátio interno chegavam e saíam os ônibus interurbanos.
Nas laterais externas chegavam e saíam os ônibus urbanos. Ela parecia bem mais imponente e bonita naquela época. Agora, com o congestionamento de ônibus - apenas os urbanos, porque os interurbanos já não cabem mais -, toda a confusão e sujeira, nem se percebe mais a arquitetura do lugar. Coisas de cidade grande...
Mas muita coisa do que já era bonito ao nascer foi preservado. Como essa vista do congresso, em um ângulo muito usado pelos fotógrafos de hoje e já clicado pelo meu jovem pai fotógrafo em 61 ;-)
Bem, por enquanto é só. Um dia monto uma ou mais galerias aqui no site com muitas dessas fotos antigas. Para quem ainda não percebeu, basta clicar nas fotos para ampliá-las. O post parece grande, mas é muito pouco para dizer tudo o que veio à minha cabeça ao ver essas fotos. Ele mereceria ser um site independente. Quem sabe um dia ;-)
14:01 |
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Terça-feira, Maio 25, 2004
Dando aulas
Eu sempre gostei muito de ensinar patinação, desde pouco depois de começar a aprender. Já havia dado aulas na AABB-DF antes, mas só no ano passado tive a oportunidade de assumir a Academia e passar a fazer isso regularmente.
Bem, o fato é que eu adoro dar aulas, apesar do estresse que às vezes rola. Essas meninas me torturam um bocado, mas são uma ótima turma e no geral a gente sempre se diverte ;-)
As fotos foram tiradas pela Debi, durante uma das aulas. Tem muitas mais aqui.
E então, não quer aprender?
02:52 |
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Os Melhores do Mundo
Olha aí Os Melhores do Mundo fazendo sucesso no Rio. Sucesso de crítica e de público ;-) E concordo com o Millôr, os caras são mesmo os melhores...
Em Brasília, "o espetáculo AMERICA estará em cartaz no Teatro dos Bancários (314/15 SUL) por apenas mais duas semanas". Não percam.
Seguindo o embalo, dia 27/5, quarta-feira, tem Jogo de Cena no Teatro da Caixa. Outro programa imperdível, apresentado pelo "Melhores do Mundo" Welder e Pipo. Vai lá que vai valer a pena ;-)
01:23 |
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Segunda-feira, Maio 17, 2004
Cotas e discriminação
Eu sempre disse que achava o esquema de cotas para negros nas universidades discriminatório. Tanto contra os próprios negros, quanto contra os brancos. Menos injustas seriam cotas para a população carente, apesar de ainda ser discriminatória.
Bem, agora as cotas para os alunos da rede pública parecem bem mais justas, mas ainda assim discordo 100% delas. Agora, o preconceito é contra a escola pública e ainda estão tentando tapar o Sol com a peneira, tentando resolver o efeito - se é que ele existe no caso das escolas públicas - ao invés da causa, que é a miséria do povo, a subnutrição, a falta de tempo para estudar E a falta de carinho e respeito dos governos para com a rede pública de ensino.
Até agora, quase todas as declarações que tenho ouvido tanto em defesa, quanto contra as cotas para a rede pública têm sido discriminatórias e geradoras de preconceito. Hoje ouvi a representante dos "donos de escola" dizendo que as cotas são discriminatórias contra os alunos que se sacrificaram para poder pagar por uma "escola de qualidade". Ela fala como se o fato de ser particular qualifica uma escola como "de qualidade" e que o fato de ser pública qualifica uma escola como de "má qualidade". Bem, só que isso não chega nem perto da verdade. O Brasil está infestado de escolas caras e medíocres ao mesmo tempo e de escolas públicas com excelente quadro de professores, garantindo assim, apesar dos problemas, um ensino de qualidade.
Será que isso faz parte apenas do meu universo, que é Brasília? Me respondam...
Na mesma reportagem, um professor de sociologia da UnB, apesar de concordar com as cotas, mostrou um fato que mata todos os argumentos de pessoas como essa representante dos donos de escola. Na UnB, a média de alunos da rede pública e da rede privada já é em torno dos 50%. Ou seja, pelo menos aqui, não existe nenhuma diferença de qualificação entre esses alunos, numa visão geral. O que ele comenta é que para a medida ser mais efetiva, teria que ser feita a divisão das cotas dentro de cada curso independentemente, porque cursos como medicina e computação, por serem de manutenção mais cara, têm um percentual maior de alunos da rede particular. Isso não por conta da capacidade do aluno, mas por conta da própria natureza do curso, pelo seu custo de manutenção - mesmo em uma universidade pública -, já que os alunos da rede pública, em geral, vêm de classes de menor renda (essa última afirmação é minha).
O professor ainda comenta que junto com a medida, precisa ser criada toda uma infraestrutura para apoiar os alunos que vierem a entrar por conta das cotas, um esquema de acompanhamento escolar e de bolsas para que eles consigam se manter nos cursos. Não creio que isso esteja sendo preparado...
Enfim, o esquema de cotas, seja como for, continua sendo puro papo pra boi dormir. É discriminatório, populista, eleitoreiro. O único esquema que consigo imaginar justo para a sociedade, para garantir o acesso de alunos de baixa renda à faculdade, seria um esquema de bolsas para garantir a entrada desses alunos em faculdades particulares, mas as seleções ainda teriam que ser feitas com TODOS os alunos em pé de igualdade, sem discriminação por cor, classe social, credo religioso ou time de futebol.
08:57 |
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Sexta-feira, Maio 14, 2004
Novo Movable Type
O mundo blogueiro está meio que em polvorosa, reclamando da nova versão do Movable Type, que passa a ser cobrada. Bem, não se pode culpar ninguém por cobrar por um serviço, afinal estão trabalhando um bocado para fornecê-lo e, neste caso, trabalhando muito bem. O Movable Type é uma das melhores ferramentas para a publicação de blogs. O questionamento maior é quanto a terem distribuído gratuitamente e agora estarem cobrando, mas a coisa não é bem assim, afinal as versões antigas continuam gratuitas e a nova ainda pode ser usada livremente, com algumas limitações.
Leiam a explicação do Derek Powazek, que não poderia ser mais clara e conclusiva.
14:36 |
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Terça-feira, Maio 11, 2004
Perda de tempo
Que a indústria fonográfica está perdendo um tempo precioso na caça às bruxas, que isso é uma tremenda de uma burrice e que eles poderiam já estar ganhando muito dinheiro com a distribuição online e outros produtos digitais, todo mundo já sabe, todo mundo já disse. Só que eu fico imaginando os produtos possíveis e que eu gostaria de ter à disposição e fico indignado com o TAMANHO da BURRICE.
Fico imaginando o tanto que venderiam produtos como os descritos aí em baixo, se estivessem gravados em MP3 ou outro formato digital comprimido qualquer:
1. CDs com álbuns normais tendo o espaço restante preenchido com as letras das músicas, o encarte digitalizado, fotos, clipes e o escambal.
2. Coleções inteiras de músicos gravadas em apenas 1 ou 2 CDs.
3. Álbuns gravados em mini CDs, economizando um baita espaço físico e ainda cabendo todos os brindes do item 1.
4. Todo o conteúdo acima gravado em cartões de memória padrão, que poderiam ser espetados em palm tops, notebooks, tocadores de MP3 e uma infinidade de aparelhos modernosos.
Essas são apenas algumas possibilidades, bastando apenas um pouco de imaginação para criar dezenas delas. Qualquer publicitário com talento colocaria o mercado louco para consumir sem parar todos esses brinquedinhos. E não me venham com essa história de que vendendo MP3 a pirataria ficaria muito fácil, porque é coisa de cego. A pirataria É muito fácil e pronto! Hoje em dia qualquer criança sabe ripar um CD de áudio em menos de 5 minutos, mesmo os "protegidos". Então por que se debater tanto e se negar a encarar o óbvio?
08:36 |
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Segunda-feira, Maio 10, 2004
Os Friends ainda vivem...
E por falar em Friends (2 posts abaixo), tem um monte de gente comentando sobre o fim da série. É realmente uma pena, porque é nossa série preferida aqui em casa. Até a Heloísa e a Helena, que não entendem nada de inglês e não conseguem ler a legenda, adoram. Grande parte do sucesso da série é que eles equlibram muito bem as piadas com os momentos sérios (???) e com os emotivos. Também é uma série onde os personagens e suas relações evoluem com o tempo. Tudo o que acontece tem uma lógica e um passado.
Bem, mas o que eu queria dizer é que, como estamos sem TV a cabo há algum tempo e estamos re-acompanhando a séria pelos DVDs, ainda temos um bom tempo até sentirmos pelo fim da série ;-) Não que isso seja bom, porque ficamos esperando por 1 ano por cada "nova" temporada lançada em DVD. Bem que eles podiam adiantar isso, né?
09:29 |
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Novo Blogger
Fui só eu, ou mais alguém não gostou do novo visual e da nova estrutura do Blogger?
O visual antigo, feito pelo Powazek, era muito mais bonito e limpo e a navegação era muito mais simples. Eu gostava dos posts aparecendo junto da tela de edição e da listinha de blogs na barra superior. Agora, para se trocar de um blog para o outro, é preciso voltar à tela inicial. Sei lá, acho que os caras escorregaram feio nessa atualização, tanto no quesito "visual", quanto (e principalmente) no quesito usabilidade. Uma pena!
(Tá bom, para responder à pergunta inicial, basta dar uma lida em outros blogs. Vou tentar, vou tentar...)
09:01 |
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O erre tremendo
Ei, a Helô (3 anos, quase 4) aprendeu finalmente a falar "com a língua tremendo"! Agora ela não fala mais "quelo ver fends da caixinha lalanja", mas "quero ver fruends da caixinha raranja" :-)
É muito engraçado quando as crianças passam a falar o erre vibrando, porque começam a trocar todos os éles por erres, como no caso do "raranja". Isso sem falar nos quer-r-r-r-os com os erres super hiper mega forçados :-)
Eu acho lindo quando elas falam errado - sem nunca estimular isso -, mas também é lindo quando aprendem a falar certo e se encantam com isso.
08:34 |
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Quarta-feira, Maio 05, 2004
Chuva de meteoros e cometas
Para os lunáticos-notívagos, o céu de maio está um espetáculo. Hoje à noite, com a Terra atravessando o rastro deixado pelo cometa Halley, teremos uma chuva de meteoros. Bem, será meio um chuvisco ou uma garoa, mas ainda assim estão previstos em média 50 meteoros por hora, com o pico de "aparições" às 4 da madrugada do dia 6/5, em Brasília. Mas os especialistas avisam que não se responsabilizam por eventuais frustrações, já que este tipo de previsão está longe de ser precisa.
Quem se aventurar, poderá observar as estrelas cadentes a partir de umas 2:30 da madrugada, logo à esquerda do leste (nascente). Quem não estiver em Brasília, pode verificar a janela de observação, para ter certeza da melhor hora e da direção para onde deverá olhar. Lá em baixo, depois do título "Where to Look", tem um link "Southern", ele abre um aplicativo para você verificar a sua janela de observação.
De quebra, ainda poderemos observar 2 cometas este mês. O NEAT já está visível nas madrugadas de Brasília, aparecendo logo à direita do leste. Na madrugada do dia 6 ele estará em sua maior altura aqui em Brasília.
Mas o melhor está reservado mais para o final do mês. Vejam uma simulação do céu de Brasília ao anoitecer no dia 20 de maio. 10 :-)
Vamos ver...
17:36 |
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Festa da Vivendo
Aos baladeiros de plantão, aviso que está chegando a Festa da Vivendo. Pra quem já conhece, não é preciso dizer mais nada. Para quem não conhece, chegou a hora. Festão com muita música, muitos comes e muita birita até o sol raiar.
O projeto gráfico foi desenvolvido por mim ;-)
A Vivendo e Aprendendo é uma escola onde as crianças brincam e os pais aprendem.
Fundada em 1982, a Vivendo e Aprendendo constituiu-se legalmente como associação sem fins lucrativos. A idéia principal da escola é aliar a proposta educacional inovadora à experiência associativa, na qual cada pessoa atua no sentido de preservar e enriquecer a associação. Uma idéia como essa transforma o respeito à individualidade em conceito e prática. E forma crianças e adultos criadores do próprio processo educacional.
Os profissionais executam suas atividades em um ambiente que os valoriza, sendo eles qualificados para trabalhar os aspectos social, cognitivo, afetivo e motor, para que as crianças possam ter a visão concreta e ao mesmo tempo lúdica do mundo que as rodeia.
Este mundo deve ser construído pelas crianças com interação conjunta entre o amadurecimento emocional e o domínio sobre o equilíbrio e os movimentos do corpo, a ampliação das formas de expressão criativa e cognitiva e a preparação para a vida em sociedade.
A escola atende a crianças de 2 a 7 anos e funciona nos turnos da manhã (8h às 12h) e da tarde (14h às 18h), com Ciclos 1 a 5 (Maternal ao Pré). Cada turma funciona com cerca de quinze crianças, coordenadas por um professor titular e um professor auxiliar. Além disso, a Vivendo e Aprendendo conta com um centro de estudos para a formação de educadores.
ASSOCIAÇÃO PRÓ-EDUCAÇÃO VIVENDO E APRENDENDO
Via L3 Norte quadra 604
(atrás do Clube Unidade de Vizinhança)
CEP 70840-040
(61) 321-3581
www.vivendoeaprendendo.org.br
17:20 |
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Vivendo e aprendendo
Hoje a Heloísa (quase 4) estava me explicando:
- Papai, você sabia que depois que os dinossaulos morrem eles vilam pista*?
Resumindo, é isso aí mesmo, né :-)
* Não me lembro se foi exatamente esse o termo que ela usou. Talvez tenha sido "chão", ou "estrada"...
09:57 |
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