Lula, VÁ a Davos!
Há poucos dias foi enviado um texto
para a lista de discussões
Lula Presidente.
O texto pedia e justificava que Lula não deveria ir a Davos para o Fórum
Econômico Mundial. Transcrevo aqui a resposta, acertadíssima, de meu tio,
Mariano, e a minha própria, complementando a dele:
Desculpem.
Acho que ele deve ir sim.
Não adianta ficar pregando suas idéias entre os que o seguem, entre os que
compartilham com elas.
É muito importante, agora que LULA é uma autoridade da América Latina, vá a
Davos, expor suas idéias, seus ideais, sua luta, seus objetivos, sua missão.
É lá que existem pessoas, que precisam saber que existe um povo abaixo do
equador, que tem uma grande esperança, que este povo tem um grande líder e que
este líder vem da classe trabalhadora. Vem do povo, vem da pobreza e sabe o que
está falando.
Vá LULA, vá a Davos e pregue sua doutrina entre os que não têm a mínima idéia
do que seja um grande povo à espera de uma nova vida sem a opressão do capital
internacional. Um grande país à espera de uma mudança que, em breve tempo, irá
acontecer.
MARIANO AMORIM
APOIADÍSSIMO! 10!
O Lula não é mais um cara de oposição. Ele é o líder de toda uma nação (como é
BOM dizer isso :-). Uma nação enorme com... quantas?... 170 milhões de pessoas.
Ele representa não apenas petistas, mas pmdebistas, pflistas, banqueiros,
pedreiros, grandes empresários, usineiros. Tem que sentar-se à mesa com
metalúrgicos, mas também com grandes banqueiros. Tem que ir à Porto Alegre e
também à Davos. Esta última viagem é ainda mais importante, porque em Porto
Alegre todos pensam mais ou menos como ele e já sabem mais ou menos como ele
pensa. Em Davos é que ele vai fazer a diferença e poder continuar sua batalha
para tentar mudar alguma coisa no mundo, não só no Brasil.
A massa que votou em Lula tem que entender que o fato dele se sentar à mesa com
determinado tipo de empresário ou político não significa de modo algum que ele
se tornou um deles ou que os apoia, mas que ele está disposto discutir com
eles. Significa que ele está plantando a semente das mudanças que sempre pregou
entre quem sempre as combateu. Porque não adianta ele convencer quem já
concorda com ele. Ele agora tem que convencer quem sempre foi opositor.