A (falta de) saúde no DF
Ambulâncias aos cacos
-
Frota é pequena e em estado de conservação precário. Irregularidades
colocam em risco pacientes e sobrecarregam os bombeiros -
Na batalha diária para salvar vidas, médicos e pacientes enfrentam um poderoso
inimigo: o tempo. Independente do tipo e gravidade da doença, cada minuto é
fundamental. Em muitos casos, o tratamento precisa estar disponível na rua
mesmo, mais exatamente no meio do trânsito. Não é a toa que as ambulâncias
são consideradas uma extensão dos hospitais. No caso do Distrito Federal,
elas refletem a precariedade do sistema de saúde da capital federal.
Depois da ressaca das eleições e a
overdose de política, eu não poderia
voltar a escrever falando sobre outro assunto que não fosse o sistema de
saúde do DF. Tão aclamado pelo governador eleito, durante a campanha, como
estando em ótimo estado, sem problemas, um dos melhores do país, bastou passarem
as eleições para que fosse mostrado o real estado da nossa saúde. Centro de
tratamentos diversos
sendo
desativados,
falta de medicamentos,
dinheiro sendo jogado fora
( o NOSSO dinheiro),
médicos
bancando exames em seus consultórios particulares. Tudo chegou ao ponto
de o novo secretário de saúde comparar sua pasta a um
"
trem
desgovernado". DESGOVERNO é o que temos aqui.
O que mais dá raiva é que os caras são tão sem escrúpulos, que quando surgiu
aquela história de desviar dinheiro da saúde para a ponte, eles vieram com um
papo de que a saúde não estava precisando de dinheiro e, assim que foi comprovada
a falta de medicamentos nos hospitais, disseram que não tinham dinheiro para
comprar os tais medicamentos.
Recentemente as investigações do Ministério da Saúde mostraram que a coisa pode
ser ainda pior. Que os medicamentos podem estar sendo sonegados aos pacientes
premeditadamente, para que tenham que ser entregues via liminar da justiça, o
que permite a dispensa da licitação. Vejam só as
conclusões do Ministério:
- 60% das compras de medicamentos acontecem com dispensa de licitação, modalidade que impede a participação de outras empresas no processo.
- Os remédios são comprados com valores até 374% acima do praticado por outros estados do país.
- 90% das compras irregulares beneficiam a Unicom Produtos Hospitalares Ltda. Entre 2000 e novembro de 2002, o volume de vendas da empresa para rede pública de saúde pulou de R$ 3,5 milhões para R$ 10 milhões.
- Dos 87 itens mais usados nos hospitais, 38 estão com estoque zero. Do 28 medicamentos para pacientes com problemas mentais, apenas oito estão disponíveis. Faltam de anestésicos e antibióticos a luvas e fios de sutura.
- No Hospital de Base, há falta de antibióticos, estoques zerados de material cirúrgico e luvas. Os pacientes com câncer são obrigados a comprar remédios e pagar por exames pré-operatórios.
E ninguém vai preso e ninguém paga pelos danos e, pior, O POVO CONTINUA ELEGENDO
ESSES MERDAS!