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Zé Povão solta o verbo!
Bsb, 20.2.01

Que sumam os suplentes

O caroço no gogó e a nódoa fala da palhaçada que é o troca-troca de legenda partidária dos nossos políticos. Bem, eu não faço nenhuma questão da fidelidade partidária, não. O que eu gostaria é que se acabassem com os suplentes nas "Câmaras" e no Senado. Mais imoral do que mudar de partido depois de eleito é sair para assumir um outro cargo no governo e deixar um suplente que não foi votado para o cargo. Quantas pessoas votam em um deputado pensando no suplente. Isso sim é uma baixaria. O cara é assume um cargo no governo e o suplente fica no lugar. Depois o cara deixa o cargo no governo, volta e o suplente sai. E a continuidade do trabalho? Não, assim não pode ser.

Eu quero ver assumir o cargo o próximo candidato mais votado, independente do partido dele. E aí, meu amigo, não tem volta. O sujeito que saiu para assumir um outro cargo no governo, dançou. Perdeu o lugar. Que fique por lá.

Você está achando que é besteira? Mas não é, não. Podemos comparar isso a você, que é CDF, ir fazer uma prova de vestibular. Passar. E, na hora de fazer a matrícula, ou até depois de começado o curso, falar assim: olha, eu não vou poder continuar o curso, porque consegui vaga em uma escola melhor, mas vai aí a minha irmã, que vai ficar no meu lugar. Faz sentido? Não, né! Só que no caso da política é ainda pior, porque o sujeito foi ELEITO pelo povo. ELE foi eleito, não o suplente. Se ele não quer o cargo, então que entre o próximo mais votado. O próximo na preferência popular.

Às 10:24h | guarde | comentários



Bsb, 14.2.01

Invasão dos Sem-Teto

Desde a eleição desses que aí estão, no comando do GDF, as invasões de terra em Brasília voltaram com força total. O cara falou tanto que aqui ninguém ficaria sem lote, que o feitiço virou contra o feiticeiro. Eles não sabem o que fazer com tanta gente querendo lote. Na frente das câmeras posam de corretos, dizendo que os invasores não receberão, que esses ou aqueles não terão direito, por isso ou por aquilo. Mas aí, o cara vai lá na invasão, sobe no caixotinho, chora pra caramba e diz que enquanto ele governar, ninguém ficará desamparado nessa terra. Que homem bom, não?!?!?

O fato é que Brasília volta a inchar e a gente sente isso no aumento da violência, no aumento de pedintes nas ruas e no aumento daqueles insuportáveis "tomadores de conta" dos carros. A última das invasões noticiada em
matéria do Correio Braziliense, é na Ceilândia. Os invasores, sempre comandados por um espertalhão oportunista dizem:

"Aqui todos nós votamos nele. Se Roriz não nos atender, serão pelo menos cinco mil pessoas contra ele."

Putz! Eles pisam mesmo na ferida. Isso é tudo o que esse governo não suporta. Perder votos. Enquanto isso, os moradores e comerciantes antigos, vão sentindo a pressão:

"Eles acabaram com a praça. Soube que ali tem gente até de Goiânia"

Pois é, isso já ocorreu nas gestões anteriores dessas figuras e está ocorrendo de novo. Pessoas que moram aqui, ligam para parentes de todos os cantos, para que venham também tentar um lote. Muitos deles, quando conseguem seu lote, o vendem e vão invadir uma outra terra.

A secretária da Habitação, Ivelise Longhi, descartou qualquer possibilidade de atender às reivindicações dos ocupantes da praça. "O governo tem uma política habitacional definida. Estabelecemos critérios e eles devem ser seguidos", disse, referindo-se ao protesto.

É, uma política habitacional muito bem definida. Nós estamos vendo, dona Ivelise. Nós estamos vendo a sua organização desde o primeiro dia de governo.

Toda essa história de doação de lotes seria muito bonita, se fosse feita com consciência. Se fossem privilegiadas realmente apenas famílias que já morassem aqui, há algum tempo. Se fossem realmente punidos com a cadeia os grileiros, especuladores, que encontraram nessa política de doação um negócio. E, principalmente, se houvesse uma política eficiente para, paralelamente, garantir uma renda para essas famílias.

Às 00:03h | guarde | comentários



Bsb, 13.2.01

Urubuzão velho

E o Augusto Gollo está batendo sem dó, em sua
Visão Crítica:

Urubuzão velho
Não foi só isolamento político que empurrou Roriz para o fundo do palanque no lançamento federal do Bolsa-Escola, ontem, em Águas Lindas. Fernando Henrique disse que o programa é "o símbolo do novo Brasil" e que seu governo teve "a coragem de eliminar mecanismos de combate à pobreza que não eram adequados, como por exemplo a cesta básica". Com as duas declarações, o sociólogo mostrou que Roriz é ideologicamente ultrapassado. E ainda lhe deu um direto no queixo: "Quem desvia dinheiro de programas sociais é nojento e indigno". Roriz chegou mudo e saiu calado. Só balbuciou tolices aos repórteres e acabou caindo na real: "O presidente da nação estabeleceu isso (a Bolsa-Escola) em nível nacional e nós teremos que ajustar e adaptar nossas idéias dentro desse programa". Daqui para a frente é melhor Roriz pensar duas vezes antes de se enfiar em palanque nacional.


Eu queria estar lá pra ver a cara do "coitado" ;-) Me desculpem se estou transcrevendo muita coisa do Gollo aqui. Ele escreve bem e isso me serve de inspiração ;-) É uma maneira de ajudar a divulgar o trabalho dele e adicionar informações ao meu.

Às 13:42h | guarde | comentários



A censura está no ar

Eu gosto é de gente assim. Com peito pra dizer o que pensa, na hora certa. Com peito pra bater em quem é "mais forte". Se o Brasil tivesse mais gente assim, com certeza já teria tomado jeito.

De quem eu estou falando? Dos 3 produtores e locutores de um programa chamado Feira de Música, da decadente Rádio Cultura do DF. Acontece que, depois de censurados pela nova diretoria da rádio, eles se demitiram no ar e descascaram o que puderam em cima da corja. Ah, como eu queria estar ouvindo a rádio naquele momento... Eu gostaria muito de ter visto a cara do tal de Perdigueiro :-)

Os locutores se despediram dos ouvintes anunciando que o Feira de Música não existe mais na Rádio Cultura, onde estava havia nove anos. "Não vale a pena ficar", diz a apresentadora do programa, Rita Andrade. "É uma incongruência manter um programa de qualidade em meio a tudo o que está acontecendo lá na rádio." O "tudo" a que ela se refere inclui censura. Semana passada, Perdigueiro fez uma reunião com os responsáveis pelo programa - Rita, Cleon e Anselmo - e avisou que mudanças que estão ocorrendo na programação iriam chegar em pouco tempo ao horário que eles ocupam: os sábados, entre 20h e 21h.

Disse mais: que não seria permitida a veiculação de música com teor político ou que fizesse alusão às drogas. Como se estivesse esperando a deixa, o programador musical Cleon Homar escolheu a dedo as músicas do que se tornaria o último programa. O cardápio sonoro incluiu, por exemplo, Boicote, do Câmbio Negro, Censura, da Plebe Rude, Que País é Este?, da Legião Urbana, e Foda-se, de Os Cabelo Duro.

Tá no Correio...

O programa era um espaço que os músicos locais tinham para se lançar. Era um programa aberto a qualquer um que quisesse divulgar sua música. Bem, é claro que isso não interessa a esse governo. Aliás, a impressão que me dá é que eles estão tentando acabar com a cultura do DF. Será?!?!

"Não concordamos com a política de que a Rádio Cultura se transforme em veículo de propaganda do Governo do Distrito Federal", disse Cleon, que até aquele momento nunca tinha feito uso da palavra no ar. Confrontados pela atitude de Perdigueiro, os apresentadores anunciaram o encerramento definitivo. E aproveitaram para mencionar a manifestação pública contra as mudanças no perfil da rádio, na próxima sexta-feira, às 16h, no Teatro Nacional.

Aplausos para os três. São atos como esse que não nos envergonharão quando um filho ou um neto tomar conhecimento do que fizemos. Espero ver atitudes como essa se multiplicando por aqui.

Às 02:32h | guarde | comentários



Bsb, 10.2.01

Às 03:00h | guarde | comentários



Pagos pra descansar

Votação de 27 medidas custou R$ 30 milhões - Parlamentar recebe R$ 16 mil para participar de três sessões - O governo gastou cerca de R$ 30 milhões com a convocação extraordinária do Congresso Nacional, que teve apenas três sessões de votação, aprovou 26 medidas provisórias e gerou uma grave crise política na base aliada, devido à postura oposicionista adotada pelo PFL. Com isso, a convocação extraordinária acabou, na prática, na quarta-feira, depois da sessão em que foram aprovadas medidas provisórias. Ontem não houve sessão do Congresso e, na da Câmara dos Deputados, nada foi votado.
Jornal do Brasil, 9/2/2001

Isso é um vexame, não é? Os caras não fizeram o trabalho, quando deveriam ter feito, são chamados para trabalhar no recesso, que não deveria existir, ainda não trabalham e cada um embolsa R$16.000,00 por essa boa vida. É mole? Quando é que vão acabar com essa folga de 3 meses de recesso? Quando é que vão acabar com esse negócio de pagar fortunas pra eles fazerem o trabalho que já deveriam ter feito? Pra isso, o presidente não tasca uma MP, né?!?

Pelo menos 2 deputados tiveram a decência de devolver o dinheiro. É o que conta o Augusto Gollo em sua Visão Crítica:

Nossos bolsos agradecem penhorados
Merecem estátuas à entrada do Congresso Nacional os deputados petistas Dr. Rosinha, do Paraná, e Ana Corso, do Rio Grande do Sul, por sua atitude registrada na primeira página do Globo: devolveram os R$8 mil depositados em suas contas ontem, pela convocação extraordinária. Os dois dizem que não trabalharam para receber esse extra, o que é absoluta e rigorosamente verdadeiro. Convocados para apreciar 73 medidas provisórias, deputados e senadores votaram apenas três, antes de armar-se o circo pela sucessão presidencial na Câmara e no Senado, que forçou o Executivo a adiar qualquer outra votação. Se não votaram, não deveriam receber um centavo furado, mas cada um dos 594 congressistas embolsou ontem a primeira parcela dos R$16 mil a que teriam direito. Quer dizer, menos Dr. Rosinha e Ana Corso. Parabéns para eles!


Às 03:00h | guarde | comentários



Grilagem

Enquanto isso "nosso" governador tenta se explicar:

Negócio com o bem alheio - Divisão de terras autorizada por Roriz fez a União perder a propriedade sobre 250 hectares, segundo o Ministério Público. Terracap defende o acordo na Justiça e juiz decide em cinco dias se bloqueia ou não bens do governador.

EITA!!!

PMDB quer presidir comissão de terras - Governistas querem impedir que Comissão de Assuntos Fundiários seja comandada pela oposição e fortaleça denúncias de grilagem contra Roriz.

Ué!!! Quem não deve, não teme, não é assim???

Oposição aumenta - Paulo Octavio, do PFL, se une ao PT e critica lei, proposta por Roriz, que permite a venda de áreas rurais no Distrito Federal. Lei será sancionada semana que vem.

Quanto mais reforços, melhor!

União vai analisar processo de Roriz - Advocacia Geral terá cinco dias úteis para avaliar se houve danos ao patrimônio público federal na divisão de terras autorizada pelo governador em 1994.

Justiça seja feita...

Às 02:59h | guarde | comentários



Bsb, 7.2.01

Aumento da criminalidade

Um carro roubado a cada hora - "A cada uma hora e cinco minutos, um carro é levado do dono, no Distrito Federal. Só no ano passado, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) registrou 1.660 roubos (crime com uso da violência) e 6.326 furtos (sem violência). Crimes que crescem a cada ano. De 1998 para 2000, os roubos aumentaram 23%, enquanto os furtos de automóveis cresceram 33% ..."
Correio Braziliense, 07/02/2001

Assim como o roubo de carros, outros crimes também cresceram bastante nesses dois anos de Roriz (blerg). O meu palpite, convicto, eu já disse várias vezes aqui. Com essa quantidade de gente que veio para Brasília, por causa dessa política de distribuição indiscriminada de lotes e as promessas inconseqüentes que ele fez durante a campanha, não podia haver outro resultado. É óbvio. Tá, as pessoas estão ganhando lotes mas, e o emprego, e a renda pra manter o lote, pra comprar comida?

Ele diz que já criou milhares de novos empregos, mas o que eu sinto é que ele está somando todas as vagas criadas para cada serviço temporário nesse bolo. A cidade está cheia de placas assim: "Renovação da calçada da quadra. Mais 10 empregos!". Pombas! Não são mais 10 empregos. Esse trabalho é apenas temporário. Ou esses caras já são funcionários da NOVACAP e estão apenas fazendo mais um serviço, ou foram contratados para um serviço temporário. Nada de "novos empregos". Será que alguém está computando isso?

Voltando ao tema, com tanta gente vindo para cá, para ganhar um lote, é óbvio que essa criminalidade vai crescer. Essas pessoas têm que sobreviver.

Mas, justiça seja feita:

"A polícia do DF tem um dos melhores índices de recuperação de veículos roubados e furtados do país. A Polícia Civil consegue recuperar 65%, enquanto nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, o índice varia de 20% a 25%."

Não estou questionando a eficiência da nossa polícia, mas a política de um governo que não parece nem um pouco preocupado com as conseqüências que ela pode ter para a cidade.

Às 09:40h | guarde | comentários



Bsb, 5.2.01

Abrace a Cultura

Augusto Gollo manda:

"Na sexta-feira dia 16 de fevereiro, a partir do meio-dia, acontecerá o ABRACE A CULTURA, manifestação em defesa da cultura no Distrito Federal. A concentração será na entrada principal do Teatro Nacional Cláudio Santoro e você já está convidado. Vista uma camisa, camiseta, blusa ou outra peça de roupa branca, leve um apito, reco-reco, tambor, tampa de panela, criança pequena, tudo que faça barulho, reboque quantos amigos conseguir e participe desta manifestação de protesto alegre mas muito consciente. Responda e encaminhe para quantas pessoas puder esta mensagem.
Abraço,
Gollo"


Estamos mesmo precisando soltar o verbo. Vamos gritar muito. A cultura no DF está sendo atacada por todos os lados. E o pior dos inimigos tem sido o próprio GDF. Lamentável!

Às 09:36h | guarde | comentários



Trecho de uma matéria que saiu no Correio Braziliense, sobre uma lei proposta pelo nosso "amado" governador:

"A lei que permite a venda de terras rurais - em alguns casos, sem licitação - é tão controversa que nem o próprio Sindicato Rural do DF (SRDF) se entende sobre o assunto. Ontem, Renato Bravo, que deveria tomar posse como vice-presidente da entidade no próximo dia 21, renunciou ao cargo por não concordar com a posição da atual presidência, que é a favor da lei.

'Por mais que me beneficie, não posso concordar com uma legislação que tem a máquina da especulação e da grilagem como mentora', explicou. 'Tem muita gente aqui que, mesmo morando há mais de cinco anos em Brasília, não tem amor nenhum por essa cidade. Já cansei de ver produtores rurais com projetos de parcelamento de terras prontos, esperando só a lei sair: eles dizem que vão ganhar em um ano o que não ganharam em vinte', concluiu."


É como ele disse, tem muita gente que mora aqui há muito tempo mas que não tem o menor amor pela cidade. Está aqui apenas para mamar, se dar bem e depois voltar para sua terra natal com o rabo cheio de dinheiro. Brasília me lembra muito a colonização do Brasil (ou o que eu sei dela). Uma parte gosta da cidade, trabalha por ela e pretende continuar por aqui. Outra parte está aqui apenas por oportunismo, sem o menor compromisso com o futuro da cidade. Isso, já excluindo o pessoal de governo federal. O pior é que os filhinhos desses caras crescem aqui, com a mesma mentalidade de seus pais. São os famosos filhinhos de papai de Brasília. Ô raça...

Às 09:35h | guarde | comentários








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